Construído para a equipe de Luigi Chinetti, a North American Racing Team em 1963, a Ferrari 250GTO projetada por Pininfarina foi bom o bastante para terminar Le Mans em sexto lugar.
Estréia do Lola GT e do AC Cobra Ford. Do primeiro vai derivar o Ford GT e o segundo é o tradicional AC Bristol inglês, originariamente equipado com o clássico motor com 6 cilindros em linha tão a gosto dos ingleses, mas que recebeu um V8 americano. Das duas marcas, somente um dos Cobras inscritos consegue terminar a prova, chegando em sétimo lugar no geral.
À partir deste ano, a posição do grid é dada pelos tempos obtidos nos treinos. Até então, a posição era dada pela cilindrada do motor. Num verdadeiro carnaval italiano, esta edição é vencida por uma Ferrari 250P (carro italiano), conduzida por Lorenzo Bandini e Ludovico Scarfiotti (dupla de pilotos italiana). Para não deixar dúvidas da superioridade, a Ferrari coloca seis carros nos seis primeiros lugares. Somente a Porsche conseguiria superar nos anos de 1983, 1984 e 1986. O modelo 250P é a primeira berlineta Ferrari a ter motor traseiro. Com o 250P vencendo regularmente, o 330LMB com V12 de 4 litros nunca foi competidor à altura. Em Le Mans, onde deveria ter brilhado, dois dos três carros não terminaram. O que conseguiu terminar ficou em quinto, mas seu desempenho não se destacou em uma corrida onde as Ferraris terminaram nas primeiras seis posições e onde um velho 250GTO ficou em segundo, atrás somente de uma 250P.
Primeira aparição do Porsche 718. A marca alemã vence na categoria de 1601 a 2000cm³ com os pilotos Edgard Barth e Herbert Linge que dirigiram o Porsche 718/8.
Estréia dos Alpine Renault M63. Infelizmente, um dos carros da equipe, dirigido pelo brasileiro Christian “Bino” Heins se acidenta, o automóvel derrapa no óleo deixado pelo estouro do cárter do Aston Martin de Bruce Mclaren, e descontrolado sofre violenta colisão com um poste, quando o carro é tomado pelo fogo. Os comissários não podem ajudar, pois além do fogo que toma conta do carro, tem que atender outros carros que derraparam no mesmo óleo e estão precisando de socorro na pista. Um deles é Jean Pierre Manzon, que também derrapou na pista com seu Bonnet, o outro é Jacques Franc Dewes, cujo Aston Martin foi parar numa vala e o terceiro é o britânico Roy Salvadori, que participava da 10ª edição seguida da prova “24 Horas de Le Mans” e a vencera em 1959. Em seu livro “Roy Salvadori – Piloto de Corridas” ele testemunha a agonia de Bino e relata que Christian morreu incinerado dentro da cabine, pois ninguém o tirou do carro em chamas, nem apagou estas enquanto o piloto ainda estava pouco ferido. Além das queimaduras, Christian tinha sofrido forte pancada na cabeça. Ele foi mais uma vítima da prova francesa. Salvadori, coincidência ou não, nunca mais correu em Le Mans.
Estréia do piloto inglês John Surtees, campeão da Fórmula 1 em 1964. John correrá 4 vezes em Le Mans, Sendo que a última foi em 1967. Sua melhor qualificação foi em 1964 com o terceiro lugar, fazendo inclusive a pole com seu Ferrari.
A Ford já estava ajudando Carrol Shelby e seus Cobras a competir contra a Ferrari e, no final do ano eles gastariam o 1º dos milhões de dólares para transformar o Lola GT em um Ford para vencer em Le Mans.
1 P 3.0 21 Lorenzo Bandini/Ludovico Scarfiotti - Ferrari 250P - 339 voltas
2 GT 3.0 24 Jean Blaton/Gerhard Langlois van Ophem - Ferrari 250 GTO - 323 voltas
3 P 3.0 22 Mike Parkes/Umberto Maglioli - Ferrari 250P - 323 voltas
4 GT 3.0 25 Pierre Dumay/Leon Dernier - Ferrari 250 GTO - 322 voltas
5 P +3.0 12 Jack Sears/Michael Salmon - Ferrari 330 LMB - 314 voltas
6 GT 3.0 26 Masten Gregory/David Piper - Ferrari 250 GTO LMB - 312 voltas
7 GT +3.0 3 Peter Bolton/Ninian Sanderson - AC Cobra - 310 voltas
8 P 3.0 28 Herbert Linge/Edgar Barth - Porsche 718/8 WRS Spyder - 300 voltas
9 GT +3.0 15 Briggs S. Cunningham/Bob Grossman - Jaguar E-Type Lightweight - 283 voltas
10 GT 1.3 39 John Wagstaff/Pat Ferguson - Lotus Elite Mk14 - 270 voltas
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