quinta-feira, 5 de abril de 2018

1992 - Duelo Peugeot x Toyota

24 Horas de Le Mans 1992 - Forte duelo entre os franceses da Peugeot com o modelo 905B e os japoneses da Toyota com o TS010 e 92C, vitória final para a Peugeot e segundo lugar para a Toyota.
A vitória da Peugeot é também a 1ª vitória de um motor V10, o monocoque é em fibra de carbono e a carroceria otimizada pela "Dassault Aeronautique", firma que constroi os famosos aviões "Mirage", ao volante estiveram Derek Warwick, Yannick Dalmas e Mark Blundell.
Participação de somente 28 carros, é a mais baixa desde 1934.
A Toyota bateu na trave mais uma vez quando o assunto é 24h de Le Mans. O quinto vice-campeonato da montadora japonesa em 31 anos desde a primeira participação deles em Sarthe foi, disparado, o mais doloroso de todos. Persistência e tenacidade são as marcas do povo oriental e a Toyota, que já se envolveu com a lendária prova francesa em quatro períodos distintos e prometeu voltar em 2017, conheceu seu primeiro vice em 1992.
Naquela época de predominância do Grupo C, o World SportsCar Championship foi violentado por Bernie Ecclestone e Max Mosley com a adoção de um regulamento técnico que baniu os carros de motor turbo em prol de propulsores 3,5 litros semelhantes aos da Fórmula 1, o que matou o investimento de alguns fabricantes. Só restaram mesmo para aquele ano a Peugeot, que perseguia a todo custo um triunfo em Le Mans, além da Toyota, da Mazda e da Lola. Não surpreendentemente, o WSC teve sua morte decretada ao fim da temporada. Le Mans sobreviveu porque é um caso à parte na história da Endurance mundial.
A equipe oficial da marca japonesa era o Toyota Team Tom’s, que entrou na disputa com três TS010 com motor V10 3,5 litros: o #7 para Geoff Lees/David Brabham/Ukyo Katayama, o #8 para Teo Fabi/Jan Lammers/Andy Wallace e o #33 de Pierre-Henri Raphanel/Kenny Acheson/Masanori Sekiya. Havia ainda dois Toyota 92CV para as equipes Kitz Racing-SARD e Nisso Trust, ambos modelos com motor biturbo V8. O grid foi um dos menores de todos os tempos: apenas 28 carros largaram e só 13 faziam parte do regulamento do WSC.
A Peugeot fez jus ao investimento altíssimo e venceu a disputa com o carro guiado por Mark Blundell/Yannick Dalmas/Derek Warwick. Com o bólido da Toyota, Raphanel/Acheson/Sekiya, ainda conseguiram um honroso 2º lugar completando 346 voltas – seis a menos que os campeões de 1992.

Classificação geral
1 C1 1 Derek Warwick/Yannick Dalmas/Mark Blundell - Peugeot 905 Evo 1B M - 352 voltas
2 C1 33 Masanori Sekiya/Pierre Henri Raphanel/Kenny Acheson - Toyota TS010 G - 346 voltas
3 C1 2 Mauro Baldi/Philippe Alliot/Jean-Pierre Jabouille - Peugeot 905 Evo 1B M - 345 voltas
4 C1 5 Johnny Herbert/Volker Weidler/Bertrand Gachot/Maurizio Sandro Sala - Mazda MXR-01 M - 336 voltas
5 C2 35 Stefan Johansson/George Fouché/Steven Andskär - Toyota 92C-V D - 336 voltas
6 C3 54 Bob Wollek/Henri Pescarolo/Jean-Louis Ricci - Cougar C28LM G - 335 voltas
7 C3 51 Manuel Reuter/John Nielsen/Giovanni Lavaggi - Porsche 962CK6 Y - 334 voltas
8 C1 8 Jan Lammers/Andy Wallace/Teo Fabi - Toyota TS010 G - 331 voltas
9 C2 34 Roland Ratzenberger/Eje Elgh/Eddie Irvine - Toyota 92C-V B - 321 voltas
10 C3 67 Otto Altenbach/Jürgen Lässig/Pierre Yver - Porsche 962C G - 297 voltas

Nenhum comentário:

Postar um comentário