Depois de ter estado muito perto da vitória no ano anterior, a Porsche volta a vencer a mítica corrida francesa, depois da última vitória ter ocorrido em 1998, contando agora com 17 triunfos na geral.
O duelo entre Porsche, Audi e Toyota foi fantástico e durou praticamente a prova toda, com a supremacia da equipe de Stuttgart, que adotou táticas diferentes para seus três protótipos, o nº 17 começou atacando e logo na primeira curva assumiu a liderança, como um coelho forçou os Audi a atacarem também. O pole nº 18, caiu para segundo e segurou nas primeiras horas a investidas dos Audi nº 7 e 8. Já o Porsche nº 19 resolveu se poupar no início, caindo inclusive para o sexto lugar e brigando com os carros da Toyota. E foi justamente esta estratégia que deu resultado, a equipe liderada pelo alemão Nico Hulkenberg foi galgando posições e no período noturno tomou a dianteira. o neozelandês Earl Bamber e o britânico Nick Tandy formaram a trinca vencedora com o alemão piloto da Force Índia na F1.
A disputa foi acirrada, com a Audi aproveitando das paragens para reabastecimentos e trocas de pilotos e assumindo a liderança esporadicamente com o carro número 7 e o número 9, este último também pilotado pelo português Filipe Albuquerque, que durante grande parte da corrida chegou mesmo a ter o melhor tempo da prova. Mas, com os problemas enfrentados pela equipe de Ingolstat, a Porsche foi a legítima vencedora. Com carro modelo 919 Hybrid, o trio completou as 395 voltas da prova no circuito de Sarthe com vantagem de uma volta para a equipe formada pelo australiano Mark Webber, o alemão Timo Berhard e o neozelandês Brendon Hartley, que guiavam carro semelhante de nº 17. A Audi ficou na terceira colocação, com carro nº 7 guiado pelo suíço Marcel Fässler, o alemão André Lotterer e o francês Benoit Treluyer, que completaram o pódio, Com o tempo de 3.17,475 minutos, o Audi número sete estabeleceu o tempo mais rápido da atual configuração do circuito.
O melhor brasileiro na disputa foi Lucas di Grassi, a bordo de carro da Audi nº 8, que dividiu com o francês Loic Duval e o inglês Oliver Jarvis. O carro do brasileiro sofreu um acidente em bandeira amarela localizada logo nas primeiras horas enquanto era guiada por Loic Duval, a equipe foi se recuperando e ficou num ótimo quarto posto geral. A Toyota fez uma corrida discreta, sem velocidade suficiente para brigar com Audi e Porsche, os carros japoneses foram confiáveis e o primeiro Toyota terminou na sexta colocação. A decepção mesmo foi a Nissan, estreou com um conjunto pouco usual na categoria, com motor e tração dianteiros. O GT-R LM Nismo, como foi batizado o veículo, conta com um motor V6 3.0 biturbo de 550 cavalos e câmbio é sequencial de cinco marchas.
Os carros da Nissan foram muito lentos, ficando atrás, inclusive dos veículos da LMP2. Numa luta acesa contra a fiabilidade, e ainda na categoria LMP1, o ByKolles de Tiago Monteiro não conseguiu resistir a inúmeros problemas que, em especial nas primeiras horas de prova, o obrigaram a constantes incursões pela boxe. O CLM da equipa austríaca, que o português dividiu com o suíço Simon Trummer e o alemão Pierre Kaffer, não se qualificou.
O presidente do ACO, Pierre Fillon, deu números incontestáveis nas redes sociais que falam amplamente a favor do evento.
Público do evento em 2015: 263,5 mil pessoas (recorde, superando os 263,3 mil de 2014)
Acessos no site oficial do evento durante o fim de semana: 2,6 milhões de cliques
Fãs das 24h de Le Mans no Facebook: 378 mil
Seguidores das 24h de Le Mans no Twitter: 216 mil
Numa das edições mais rápidas de sempre, o carro vencedor terminou a prova com 395 voltas ao traçado de 13,6 quilômetros, concluídas a uma média de 247,1 Km/h com um total de 30 passagens pelas boxes.
Na categoria LMP2, o vencedor foi o Oreca da equipa KCMG, numa classe em que o carro do português João Barbosa teve também problemas mecânicos. O Ligier da Krohn Racing ficou-se pelo 32.º posto. Pipo Derani, que correu pela classe LPM2, com o mexicano Ricardo González e o colombiano Gustavo Yacaman, foi 12º na classificação geral e quarto na disputa da segunda categoria de protótipos.
Nos GTE-pro, vitória confortável para o Corvete número 17 do britânico Oliver Gavin e dos norte-americanos Tommy Milner e Jordan Taylor. Fernando Rees, que largou na pole position da classe GTE Pro, com o britânico Alex MacDowall e do neozelandês Rich Stanaway, abandonou a prova a 75 voltas para o final.
Nos GTE-am, a equipa de Pedro Lamy ‘ofereceu’ o triunfo ao Ferrari dos russos Victor Shaytar e Aleksey Basov e do italiano Andrea Bertolini. Depois de uma corrida ‘perfeita’, o Aston Martin número 98 liderava confortavelmente a categoria (sendo inclusivamente segundo na categoria GTE-pro), mas um erro do patrão da equipa Paul Dalla Lana, a 47 minutos do final, deitou por terra as hipóteses do português conseguir a segunda vitória na categoria em Le Mans. O ator Patrick Dempsey subiu ao pódio em segundo lugar com o Porsche nº 77. Quanto a Rui Águas, ao volante de um Ferrari, terminou no 26.º posto, quarto entre os GTE-am.
Classificação geral:
1 LMP1 19 Earl Bamber/Nick Tandy/Nico Hülkenberg - Porsche 919 Hybrid
2 LMP1 17 Timo Bernhard/Brendon Hartley/Mark Webber - Porsche 919 Hybrid
3 LMP1 7 André Lotterer/Marcel Fässler/Benoît Tréluyer - Audi R18 e-tron quattro
4 LMP1 8 Loïc Duval/Lucas di Grassi/Oliver Jarvis - Audi R18 e-tron quattro
5 LMP1 18 Marc Lieb/Romain Dumas/Neel Jani - Porsche 919 Hybrid
6 LMP1 2 Alexander Wurz/Stéphane Sarrazin/Mike Conway - Toyota TS040 Hybrid
7 LMP1 9 Marco Bonanomi/Filipe Albuquerque/René Rast - Audi R18 e-tron quattro
8 LMP1 1 Anthony Davidson/Sébastien Buemi/Kazuki Nakajima - Toyota TS040 Hybrid
9 LMP2 47 Matthew Howson/Richard Bradley/Nicolas Lapierre - Oreca 05 D 358 Nissan
10 LMP2 38 Simon Dolan/Oliver Turvey/Mitch Evans - Gibson 015S D 358 Nissan
Nenhum comentário:
Postar um comentário