A Federação Internacional de Automobilismo, mais uma vez, influiu negativamente na participação da Porsche oficial em Le Mans. Por divergências do regulamento, a Porsche protestou retirando sua equipe principal da lista de inscritos da prova, com isso, os novos 962 ficaram de fora. Porém, a Porsche prestou assistência às equipes particulares e foi recompensada pela vitória de Klaus Ludwig/Henri Pescarolo, da Joest Racing.
A Lancia prometia dificultar as coisas para a Porsche. Os carros italianos, liderados pelo veterano francês Bob Wollek, lideraram as primeiras horas da corrida. Enquanto isso, o 956 de Ludwig/Pescarolo caía para o 30º lugar por causa de uma pane no sistema de alimentação de combustível. Eles se recuperaram e sofreram um novo atraso por causa de um problema na suspenção. Tudo parecia perdido, mas, às 13:00 horas, foi a vez da Lancia nº 4 de Wollek ter problemas de transmissão enquanto o Lancia nº 5 estourava o motor.
Com uma volta em cima de Jean Rondeau, o líder da corrida passava a ser o Porsche nº 7 da Joest. O Porsche nº 11 da Kremer também teve sérios problemas mecânicos e ficou simplesmente parado no canteiro da equipe esperando a última volta às 15:00 horas da tarde. O Porsche de Brun/Von Bayern/Akin pula para o 4º lugar e o carro de Shornsten/Winter/Merl passa para a 5ª colocação deixando o carro da Kremer em 6º lugar, mas eles terão que cruzar a linha de chegada. Assim como a equipe Lancia que manda seu último carro para as voltas finais. Na última parada, o carro líder é confiado a Klaus Ludwig. Em 3º aparecia o Porsche nº 33 de 5 cilindros. Finalmente saia dos boxes, e caia para 6º lugar, o Porsche nº 11 cor azul da equipe Kremer com Vern Shuppan, apenas para cruzar a linha de chegada. A Porsche vencia Le Mans pela nona vez.
Sem capacidade financeira para voltar a tentar Le Mans em 1984 com a sua própria equipe, Jean Rondeau aceita um convite para competir na prova ao volante de um Porsche 956 da equipa privada norte-americana Henn’s T-Bird Swap Shop, na companhia dos americanos John Paul, Jr. e Preston Henn. Na qualificação obteve o 26º tempo, mas uma brilhante prova levou-o de novo ao pódio, com o 2º lugar a 2 voltas dos audaciosos heróis das 24 horas, a dupla vencedora constituida por Klaus Ludwig/Henri Pescarolo, ao volante do Porsche 956 da Joest Racing. Cruzando a linha devagar em terceiro, o Porsche da equipe Skoal Bandit com David Hobbs, Philippe Streif e Sarel van der Merwe. O primeiro carro sem ser modelo 956 foi o Lancia LC2 de Bob Wollek/Alessandro Nannini em 8º. Porém, a prova ficaria marcada pelo boicote da Porsche Motorsport, devido ao fato de não concordar com o regulamento da prova. A Porsche também ganharia por Rendimento Energético (menor quantidade de combustível utilizada) com o 956 de Alan Jones/Vern Schuppan/Jean-Pierre Jarier, e na categoria IMSA GTO com o 911 de Raymond Touroul/Valentin Bertapelle/Thierry Perrier.
1 C1 7 Henri Pescarolo/Klaus Ludwig - Porsche 956B D - 360 voltas
2 C1 26 Jean Rondeau/John Paul, Jr. - Porsche 956 G - 358 voltas
3 C1 33 David Hobbs/Philippe Streiff/Sarel van der Merwe - Porsche 956B Y - 351 voltas
4 C1 9 Walter Brun/Prince Leopold von Bayern/Bob Akin - Porsche 956B D - 340 voltas
5 C1 12 Volkert Merl/Dieter Schornstein/"John Winter" - Porsche 956 D - 340 voltas
6 C1 11 Alan Jones/Vern Schuppan/Jean-Pierre Jarier - Porsche 956B D - 337 voltas
7 C1 20 Massimo Sigala/Oscar Larrauri/Joël Gouhier - Porsche 956 D - 335 voltas
8 C1 4 Bob Wollek/Alessandro Nannini - Lancia LC2 D - 326 voltas
9 C1 17 Tiff Needell/David Sutherland/Rusty French - Porsche 956 D - 321 voltas
10 C2 68 John O'Steen/John Morton/Yoshimi Katayama - Lola T616 BF - 320 voltas
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