24 Horas de Le Mans
O ano começou com a morte de 4 destacadas figuras de Le Mans, em Janeiro morreu «John Winter», vencedor em 1985, que por razões desconhecidas pôs fim à vida em Atlanta, a sua primeira participação foi em 1978 ao volante de um Porsche 935. Em Fevereiro o automobilismo francês perdeu Jean-Louis Ricci vitimado por cancro. Ricci estreou-se em 1987 ao volante de um Royale-Ford. Em 16 e Março, o automobilismo mundial perdeu Bob Wollek que se estreou em Le Mans em 1968 ao volante de um Alpine A210, fora conhecido como o Eterno Segundo pois foi o piloto que mais segundos lugares conquistou, 1978, 1995, 1996 e 1998, Wollek fora atropelado quando circulava de bicicleta nos arredores do autódromo de Sebring, onde iria correr as 12 horas 3 dias depois, esta seria a sua 3ª corrida do ano. Em Abril mais uma perca a nível mundial, desta vez foi Michele Alboreto quando treinava para as 24 horas de Le Mans em Lausitzring na Alemanha ao volante de um Audi R8, tinha-se estreado em 1981 com um Lancia Beta Montecarlo que termina em 8º da geral.
Nova vitória da Audi com a mesma equipa do ano anterior, ou seja, Frank Biela, Emanuele Pirro e Tom Kristensen.
Na Classe GTS, dupla vitória dos Corvettes C5-R.
A volta as pistas da Bentley e a presença da MG trazem muitos torcedores britânicos, avaliado aproximadamente em 70.000 pessoas.
Classificação Geral
1 LMP900 1 Frank Biela/Emanuele Pirro/Tom Kristensen - Audi R8 M - 321 voltas
2 LMP900 2 Laurent Aïello/Rinaldo Capello/Christian Pescatori - Audi R8 M - 320 voltas
3 LMGTP 8 Andy Wallace/Butch Leitzinger/Eric van de Poele - Bentley EXP Speed 8 D - 306 voltas
4 LMP900 16 Olivier Beretta/Karl Wendlinger/Pedro Lamy - Chrysler LMP M - 298 voltas
5 LMP675 38 Jordi Gené/Jean-Denis Délétraz/Pascal Fabre - Reynard 2KQ-LM M - 284 voltas
6 GT 83 Gabrio Rosa/Fabio Babini/Luca Drudi - Porsche 911 GT3-RS Y - 283 voltas
7 GT 77 Gunnar Jeannette/Romain Dumas/Philippe Haezebrouck - Porsche 911 GT3-RS Y - 282 voltas
8 GTS 63 Ron Fellows/Scott Pruett/Johnny O'Connell - Chevrolet Corvette C5-R G - 278 voltas
9 GT 75 Thierry Perrier/Michel Neugarten/Nigel Smith - Porsche 911 GT3-RS D - 275 voltas
10 GT 80 Jean-Luc Chereau/Patrice Goueslard/Sébastien Dumez - Porsche 911 GT3-RS M - 274 voltas
sábado, 26 de maio de 2018
2000 - A Audi começa a fazer história
24 Horas de Le Mans.
Depois da corrida de 1999, a maioria dos fabricantes nas categorias principais foram em direções diferentes. BMW e Toyota entraram na Fórmula Um, enquanto Mercedes-Benz deixou a categoria após o acidente das CLR, retornando para o DTM. A Nissan também saiu devido a dificuldades financeiras. Apenas Audi e Panoz permaneceram as mesmas em relação ao ano anterior, enquanto a recém-chegada Cadillac juntou-se a categoria.
A Audi inscreve 3 carros e os mesmos obtém as 3 primeiras posições no grid de largada, fazem a melhor volta da prova e terminam nos 3 primeiros lugares. Sua mecânica é Audi V8 de 3600cc, 2 turbos Garret, carroceria, freio e chassi em carbono, câmbio Ricardo sequencial, 6 marchas, pneus Michelin e faróis de gás xenon. A vitória coube a Frank Biela, Emanuele Pirro e Tom Kristensen.
Após 50 anos retorna a Le Mans a Cadillac com 4 carros denominados Cadillac Northstar LMP. O Northstar tem chassis em fibra de carbono, pesa 900kg, motor V-8 biturbo de 3997cc, 600hp, câmbio "Emco" sequencial de 6 marchas, e velocidade de 340km/hora.
Os Corvettes voltam a participar das 24 horas com os modelos C5R, que usam motor V8 e 6980cc. Potência ao redor de 600hp.
Um juri de jornalistas especializados elege Jacky Ickx como "O piloto do século XX em Le Mans, o Porsche 917K como o carro do século XX de Le Mans e a corrida de 1988 como a corrida do século XX de Le Mans", quando a Jaguar venceu, interrompendo uma sequência de 7 vitórias seguidas da Porsche.
O Porsche GT3R nº 73 conquista para a casa de Stuttgart mais uma de suas numerosas vitórias nas categorias menores. A equipe japonesa Taisan Advan contou com os pilotos Fukuyama/Lambert/Yogue para vencer a dura concorrência da própria fábrica. Outra equipe forte na categoria que utilizava um Porsche 911 GT3R nº 83 era a de Dick Barbour com os pilotos Dirk Miller/Bob Wollek/Lucas Luhr.
Classificação Geral
1 LMP900 8 Frank Biela/Tom Kristensen/Emanuele Pirro - Audi R8 M 368 voltas
2 LMP900 9 Laurent Aïello/Allan McNish/Stéphane Ortelli - Audi R8 M 367 voltas
3 LMP900 7 Christian Abt/Michele Alboreto/Rinaldo Capello - Audi R8 M 365 voltas
4 LMP900 16 Olivier Grouillard/Sébastien Bourdais/Emmanuel Clerico - Courage C52 M 344 voltas
5 LMP900 12 Johnny O'Connell/Hiroki Katoh/Pierre-Henri Raphanel - Panoz LMP-1 M 342 voltas
6 LMP900 23 Toshio Suzuki/Masami Kageyama/Masahiko Kageyama - Panoz LMP-1 M 340 voltas
7 GTS 51 Dominique Dupuy/Olivier Beretta/Karl Wendlinger - Chrysler Viper GTS-R M 333 voltas
8 LMP900 22 Keiichi Tsuchiya/Akira Iida/Masahiko Kondo - Panoz LMP-1 M 330 voltas
9 GTS 53 David Donohue/Ni Amorim/Anthony Beltoise - Chrysler Viper GTS-R M 328 voltas
10 GTS 64 Franck Fréon/Andy Pilgrim/Kelly Collins - Chevrolet Corvette C5-R G 327voltas
Depois da corrida de 1999, a maioria dos fabricantes nas categorias principais foram em direções diferentes. BMW e Toyota entraram na Fórmula Um, enquanto Mercedes-Benz deixou a categoria após o acidente das CLR, retornando para o DTM. A Nissan também saiu devido a dificuldades financeiras. Apenas Audi e Panoz permaneceram as mesmas em relação ao ano anterior, enquanto a recém-chegada Cadillac juntou-se a categoria.
A Audi inscreve 3 carros e os mesmos obtém as 3 primeiras posições no grid de largada, fazem a melhor volta da prova e terminam nos 3 primeiros lugares. Sua mecânica é Audi V8 de 3600cc, 2 turbos Garret, carroceria, freio e chassi em carbono, câmbio Ricardo sequencial, 6 marchas, pneus Michelin e faróis de gás xenon. A vitória coube a Frank Biela, Emanuele Pirro e Tom Kristensen.
Após 50 anos retorna a Le Mans a Cadillac com 4 carros denominados Cadillac Northstar LMP. O Northstar tem chassis em fibra de carbono, pesa 900kg, motor V-8 biturbo de 3997cc, 600hp, câmbio "Emco" sequencial de 6 marchas, e velocidade de 340km/hora.
Os Corvettes voltam a participar das 24 horas com os modelos C5R, que usam motor V8 e 6980cc. Potência ao redor de 600hp.
Um juri de jornalistas especializados elege Jacky Ickx como "O piloto do século XX em Le Mans, o Porsche 917K como o carro do século XX de Le Mans e a corrida de 1988 como a corrida do século XX de Le Mans", quando a Jaguar venceu, interrompendo uma sequência de 7 vitórias seguidas da Porsche.
O Porsche GT3R nº 73 conquista para a casa de Stuttgart mais uma de suas numerosas vitórias nas categorias menores. A equipe japonesa Taisan Advan contou com os pilotos Fukuyama/Lambert/Yogue para vencer a dura concorrência da própria fábrica. Outra equipe forte na categoria que utilizava um Porsche 911 GT3R nº 83 era a de Dick Barbour com os pilotos Dirk Miller/Bob Wollek/Lucas Luhr.
Classificação Geral
1 LMP900 8 Frank Biela/Tom Kristensen/Emanuele Pirro - Audi R8 M 368 voltas
2 LMP900 9 Laurent Aïello/Allan McNish/Stéphane Ortelli - Audi R8 M 367 voltas
3 LMP900 7 Christian Abt/Michele Alboreto/Rinaldo Capello - Audi R8 M 365 voltas
4 LMP900 16 Olivier Grouillard/Sébastien Bourdais/Emmanuel Clerico - Courage C52 M 344 voltas
5 LMP900 12 Johnny O'Connell/Hiroki Katoh/Pierre-Henri Raphanel - Panoz LMP-1 M 342 voltas
6 LMP900 23 Toshio Suzuki/Masami Kageyama/Masahiko Kageyama - Panoz LMP-1 M 340 voltas
7 GTS 51 Dominique Dupuy/Olivier Beretta/Karl Wendlinger - Chrysler Viper GTS-R M 333 voltas
8 LMP900 22 Keiichi Tsuchiya/Akira Iida/Masahiko Kondo - Panoz LMP-1 M 330 voltas
9 GTS 53 David Donohue/Ni Amorim/Anthony Beltoise - Chrysler Viper GTS-R M 328 voltas
10 GTS 64 Franck Fréon/Andy Pilgrim/Kelly Collins - Chevrolet Corvette C5-R G 327voltas
domingo, 20 de maio de 2018
1999 - Alegria e decepção entre as equipes alemãs
24 Horas de Le Mans -
O ano de 1999 ficou marcado como um ano de grande impulso por parte das equipes. Porém,a equipe alemã Porsche, vitoriosa nas 24h de Le Mans de 1998 pela classe GT1, não chegou a enviar nenhum carro de fábrica para competição.
A equipe BMW continuou disputando corridas pela classe LMP, tendo agora modificado os seus protótipos, renomeando-os para BMW V12 LMR. Foi a primeira vitória completa da BMW atravéz do modelo V12 LMR aspirado, pilotado pelo alemão Joachim Winkelhock, pelo italiano Pierluigi Martini e pelo francês Yannick Dalmas. Um motor BMW havia ganhado em 1995, equipando o Mclaren F1GTR.
A equipe Mercedes-Benz, porém, não manteve o carro utilizado ano anterior, a Mercedes CLK-LM, mas sim lançou um novo protótipo denominado Mercedes CLR para competir na classe LMGTP. Os Mercedes em nova versão, o CLR, tiveram problemas de pressão aerodinâmica em altas velocidades. No Warm-Up, Peter Dumbreck e Mark Webber sofrem sérios acidentes nas quais o carro voa literalmente, entre ameaças de abandonar a prova, a Mercedes decidiu que podia contornar os problemas e decidiu participar somente com dois carros. Na prova, Dumbreck vinha perseguindo um Toyota GT One quando o veículo novamente levantou vôo como uma folha de papel, após o carro cair fora da pista o piloto saiu consciente do carro, porém, a direção da equipe teve que pedir ao outro carro para desistir da disputa por motivos de segurança.
Com as novas regulamentações criadas para a competição, a equipe Toyota reteve três de seus Toyota GT-One realizando modificações nos veículos em conformidade com a nova regulamentação, movendo os da classe GT1 para a classe LMGTP. Esta foi a segunda e última participação do Toyota GT One. Desta vez fazem a pole, a volta mais rápida e o melhor carro obtém o segundo lugar, depois de liderar até próximo da hora de chegada, quando tem problemas e é obrigado a ir aos boxes. Mesmo voltando rapidamente, não consegue alcançar o BWM vencedor.
A equipe Audi anunciou o lançamento de dois protótipos: Um para classe LMGTP, denominado Audi R8C e outro para classe LMP denominado Audi R8R. Nesta primeira participação da Audi, largaram com quatro modelos, sendo dois spyders R8R e dois cupês R8C. Os R8R conseguem a terceira e quarta colocações enquanto os dois outros carros da equipe ficam no meio do caminho com quebras mecânicas.
Nissan e Panoz não anunciaram nenhum protótipo para a classe LMGTP, mas sim para classe LMP.
O Porsche 911 GT3R foi introduzido especialmente em corridas de longa distância de todo o mundo e se mostraria bem sucedido. Na Le Mans de 1999 um GT3R da equipe Manthey ficou em segundo na categoria e ocupou a 19ª posição na classificação geral.
Classificação final
1 LMP 15 Joachim Winkelhock/Pierluigi Martini/Yannick Dalmas - BMW V12 LMR 365 voltas
2 LMGTP 3 Ukyo Katayama/Keiichi Tsuchiya/Toshio Suzuki - Toyota GT-One 364 voltas
3 LMP 8 Frank Biela/Didier Theys/Emanuele Pirro - Audi R8R 360 voltas
4 LMP 7 Michele Alboreto/Rinaldo Capello/Laurent Aïello - Audi R8R 346 voltas
5 LMP 18 Thomas Bscher/Bill Auberlen/Steve Soper - BMW V12 LM 345 voltas
6 LMP 13 Alex Caffi/Andrea Montermini/Domenico Schiattarella - Courage C52 342 voltas
7 LMP 12 David Brabham/Éric Bernard/Butch Leitzinger - Panoz LMP-1 Roadster 336 voltas
8 LMP 21 Didier Cottaz/Marc Goossens/Fredrik Ekblom - Courage C52 B Nissan 335 voltas
9 LMP 14 Henri Pescarolo/Michel Ferté/Patrice Gay - Courage C50 327 voltas
10 GTS 51 Olivier Beretta/Karl Wendlinger/Dominique Dupuy - Chrysler Viper GTS-R 325 voltas
A equipe Mercedes-Benz, porém, não manteve o carro utilizado ano anterior, a Mercedes CLK-LM, mas sim lançou um novo protótipo denominado Mercedes CLR para competir na classe LMGTP. Os Mercedes em nova versão, o CLR, tiveram problemas de pressão aerodinâmica em altas velocidades. No Warm-Up, Peter Dumbreck e Mark Webber sofrem sérios acidentes nas quais o carro voa literalmente, entre ameaças de abandonar a prova, a Mercedes decidiu que podia contornar os problemas e decidiu participar somente com dois carros. Na prova, Dumbreck vinha perseguindo um Toyota GT One quando o veículo novamente levantou vôo como uma folha de papel, após o carro cair fora da pista o piloto saiu consciente do carro, porém, a direção da equipe teve que pedir ao outro carro para desistir da disputa por motivos de segurança.
Com as novas regulamentações criadas para a competição, a equipe Toyota reteve três de seus Toyota GT-One realizando modificações nos veículos em conformidade com a nova regulamentação, movendo os da classe GT1 para a classe LMGTP. Esta foi a segunda e última participação do Toyota GT One. Desta vez fazem a pole, a volta mais rápida e o melhor carro obtém o segundo lugar, depois de liderar até próximo da hora de chegada, quando tem problemas e é obrigado a ir aos boxes. Mesmo voltando rapidamente, não consegue alcançar o BWM vencedor.
A equipe Audi anunciou o lançamento de dois protótipos: Um para classe LMGTP, denominado Audi R8C e outro para classe LMP denominado Audi R8R. Nesta primeira participação da Audi, largaram com quatro modelos, sendo dois spyders R8R e dois cupês R8C. Os R8R conseguem a terceira e quarta colocações enquanto os dois outros carros da equipe ficam no meio do caminho com quebras mecânicas.
Nissan e Panoz não anunciaram nenhum protótipo para a classe LMGTP, mas sim para classe LMP.
O Porsche 911 GT3R foi introduzido especialmente em corridas de longa distância de todo o mundo e se mostraria bem sucedido. Na Le Mans de 1999 um GT3R da equipe Manthey ficou em segundo na categoria e ocupou a 19ª posição na classificação geral.
Classificação final
1 LMP 15 Joachim Winkelhock/Pierluigi Martini/Yannick Dalmas - BMW V12 LMR 365 voltas
2 LMGTP 3 Ukyo Katayama/Keiichi Tsuchiya/Toshio Suzuki - Toyota GT-One 364 voltas
3 LMP 8 Frank Biela/Didier Theys/Emanuele Pirro - Audi R8R 360 voltas
4 LMP 7 Michele Alboreto/Rinaldo Capello/Laurent Aïello - Audi R8R 346 voltas
5 LMP 18 Thomas Bscher/Bill Auberlen/Steve Soper - BMW V12 LM 345 voltas
6 LMP 13 Alex Caffi/Andrea Montermini/Domenico Schiattarella - Courage C52 342 voltas
7 LMP 12 David Brabham/Éric Bernard/Butch Leitzinger - Panoz LMP-1 Roadster 336 voltas
8 LMP 21 Didier Cottaz/Marc Goossens/Fredrik Ekblom - Courage C52 B Nissan 335 voltas
9 LMP 14 Henri Pescarolo/Michel Ferté/Patrice Gay - Courage C50 327 voltas
10 GTS 51 Olivier Beretta/Karl Wendlinger/Dominique Dupuy - Chrysler Viper GTS-R 325 voltas
1998 - Porsche Vence no Cinquentenário da Marca
24 Horas de Le Mans -
A Porsche teve que esperar três anos para os GT1 conseguirem a vitória que seus criadores tinham previsto. A vitória veio para o Porsche 911 GT1 de Allan McNish, Laurent Aiello e Stéphane Ortelli. A terceira tentativa deu certa e rendeu uma vitória na geral frente a concorrência bastante qualificada, do porte de Mercedes, BMW, Toyota e Nissan. Este foi o ano em que toda a fábrica da Porsche estava envolvida na comemoração dos cinqüenta anos da marca.
Existia uma enorme pressão sobre o departamento de competições para levar a Stuttgart o troféu de Le Mans. Mas as coisas não andavam muito bem. Os carros GT1-Evo não conseguiram terminar a prova no ano anterior nem mostrar um desempenho digno de menção durante a temporada de 1997. A ordem foi construir um carro totalmente novo e torna-lo competitivo em poucos meses. Surgia o 911 GT1-98.
A grande promessa para a prova eram os Toyota GT-One, que apresentavam resultados impressionantes no início da temporada. Porsche e Toyota voltaram a se enfrentar, exatamente como havia acontecido quatro anos antes.
Depois de 43 anos regressam os protótipos da Mercedes-Benz, o modelo é o CLK GTR com monocoque em fibra de carbono, motor aspirado baseado no bloco utilizado pelos S-500 e SL-500 com travões em carbono, o qual faz a Pole por intermédio de Bernd Schneider. Os veículos dominaram completamente o campeonato mundial de GT em 98, inclusive à frente do Porsche GT1-98, porém em LM não conseguiram completar sequer três horas de corrida. Além da Toyota e da Mercedes, havia ainda a oposição dos alemães da BMW, os japoneses da Nissan e os americanos da Panoz.
O ano de 1998 ficou marcado como um ano de grande desenvolvimento por parte das equipes. Porsche e Mercedes-Benz apresentaram protótipos, para competir na classe GT1 e LMP. A Toyota lançou três novos protótipos nomeados Toyota GT-One, para competirem na classe GT1, enquanto que a BMW em conjunto com a equipe WilliamsF1, direcionou seus protótipos para competirem na classe LMP, denominados BMW V12 LM. Nissan reteve 4 de seus novos modelos denominados R390 GT1, para competirem pela classe GT1, enquanto que a montadora Panoz, em associação com a Ford, mandou 2 protótipos para representarem os EUA, denominados Esperante GTR-1.
Foi uma das 24 horas mais interessantes de todos os tempos. Uma tempestade durante a madrugada mudou todas as estratégias e fez com que as equipes revissem todos os seus cálculos. Ao amanhecer, o tempo tinha se firmado e a pista estava seca. Mas os Toyota estavam na liderança. Como nada além da vitória interessava à Porsche naquele ano, a ordem foi pressionar ao máximo a concorrência. Os Porsche e Toyota disputaram arduamente durante toda manhã, até que o último GT-One cometesse um erro a quarenta minutos do fim da prova. Allan Mcnisch/Laurent Aiello/Stéphane Ortelli superaram os adversários e deram à décima sexta vitória da Porsche na classificação geral em LM. A bandeirada foi dada pelo próprio Ferry Porsche, no cinqüentenário da marca que ele criou junto com o pai Ferdinand.
O Porsche 911 GT1 venceu e obtém também a dobradinha, o 2ª lugar foi conquistado pelo trio Jörg Müller/Uwe Alzen/Bob Wollek.
Morre aos 73 anos, Olivier Gendebien, que vencera em 1958, 1960 1961e 1962, tinha terminado a carreira de piloto em 1962 devido a um aneurisma. Junto com Jacky Ickx, Henri Pescarolo e Woolf Barnato, formava o quarteto dos pilotos que conseguiram vencer 3 vezes consecutivas, um dos maiores feitos em Le Mans. Posteriormente Tom Kristensen, Frank Biella e Emanuelle Pirro igualaram o feito.
Na categoria dos protótipos a vitória foi para o Ferrari 333 SP que consegue a 8ª posição por meio da equipe americana Doyle-Risi Racing que contava com o sul-africano Wayne Taylor, o belga Eric van de Poele e o espanhol Fermín Velez.
Classificação geral
1 GT1 26 Laurent Aïello/Allan McNish/Stéphane Ortelli - Porsche 911 GT1-98 M 351
2 GT1 25 Jörg Müller/Uwe Alzen/Bob Wollek - Porsche 911 GT1-98 M 350
3 GT1 32 Aguri Suzuki/Kazuyoshi Hoshino/Masahiko Kageyama - Nissan R390 GT1 B 347
4 GT1 40 Steve O'Rourke/Tim Sugden/Bill Auberlen - McLaren F1 GTR P 343
5 GT1 30 John Nielsen/Michael Krumm/Franck Lagorce - Nissan R390 GT1 B 342
6 GT1 31 Jan Lammers/Érik Comas/Andrea Montermini - Nissan R390 GT1 B 342
7 GT1 45 David Brabham/Andy Wallace/Jamie Davies - Panoz Esperante GTR-1 M 335
8 LMP1 12 Wayne Taylor/Eric van de Poele/Fermín Velez - Ferrari 333 SP P 332
9 GT1 27 Ukyo Katayama/Toshio Suzuki/Keiichi Tsuchiya - Toyota GT-One M 326
10 GT1 33 Satoshi Motoyama/Takuya Kurosawa/Masami Kageyama - Nissan R390 GT1 B 319
A grande promessa para a prova eram os Toyota GT-One, que apresentavam resultados impressionantes no início da temporada. Porsche e Toyota voltaram a se enfrentar, exatamente como havia acontecido quatro anos antes.
Depois de 43 anos regressam os protótipos da Mercedes-Benz, o modelo é o CLK GTR com monocoque em fibra de carbono, motor aspirado baseado no bloco utilizado pelos S-500 e SL-500 com travões em carbono, o qual faz a Pole por intermédio de Bernd Schneider. Os veículos dominaram completamente o campeonato mundial de GT em 98, inclusive à frente do Porsche GT1-98, porém em LM não conseguiram completar sequer três horas de corrida. Além da Toyota e da Mercedes, havia ainda a oposição dos alemães da BMW, os japoneses da Nissan e os americanos da Panoz.
O ano de 1998 ficou marcado como um ano de grande desenvolvimento por parte das equipes. Porsche e Mercedes-Benz apresentaram protótipos, para competir na classe GT1 e LMP. A Toyota lançou três novos protótipos nomeados Toyota GT-One, para competirem na classe GT1, enquanto que a BMW em conjunto com a equipe WilliamsF1, direcionou seus protótipos para competirem na classe LMP, denominados BMW V12 LM. Nissan reteve 4 de seus novos modelos denominados R390 GT1, para competirem pela classe GT1, enquanto que a montadora Panoz, em associação com a Ford, mandou 2 protótipos para representarem os EUA, denominados Esperante GTR-1.
Foi uma das 24 horas mais interessantes de todos os tempos. Uma tempestade durante a madrugada mudou todas as estratégias e fez com que as equipes revissem todos os seus cálculos. Ao amanhecer, o tempo tinha se firmado e a pista estava seca. Mas os Toyota estavam na liderança. Como nada além da vitória interessava à Porsche naquele ano, a ordem foi pressionar ao máximo a concorrência. Os Porsche e Toyota disputaram arduamente durante toda manhã, até que o último GT-One cometesse um erro a quarenta minutos do fim da prova. Allan Mcnisch/Laurent Aiello/Stéphane Ortelli superaram os adversários e deram à décima sexta vitória da Porsche na classificação geral em LM. A bandeirada foi dada pelo próprio Ferry Porsche, no cinqüentenário da marca que ele criou junto com o pai Ferdinand.
O Porsche 911 GT1 venceu e obtém também a dobradinha, o 2ª lugar foi conquistado pelo trio Jörg Müller/Uwe Alzen/Bob Wollek.
Morre aos 73 anos, Olivier Gendebien, que vencera em 1958, 1960 1961e 1962, tinha terminado a carreira de piloto em 1962 devido a um aneurisma. Junto com Jacky Ickx, Henri Pescarolo e Woolf Barnato, formava o quarteto dos pilotos que conseguiram vencer 3 vezes consecutivas, um dos maiores feitos em Le Mans. Posteriormente Tom Kristensen, Frank Biella e Emanuelle Pirro igualaram o feito.
Na categoria dos protótipos a vitória foi para o Ferrari 333 SP que consegue a 8ª posição por meio da equipe americana Doyle-Risi Racing que contava com o sul-africano Wayne Taylor, o belga Eric van de Poele e o espanhol Fermín Velez.
Classificação geral
1 GT1 26 Laurent Aïello/Allan McNish/Stéphane Ortelli - Porsche 911 GT1-98 M 351
2 GT1 25 Jörg Müller/Uwe Alzen/Bob Wollek - Porsche 911 GT1-98 M 350
3 GT1 32 Aguri Suzuki/Kazuyoshi Hoshino/Masahiko Kageyama - Nissan R390 GT1 B 347
4 GT1 40 Steve O'Rourke/Tim Sugden/Bill Auberlen - McLaren F1 GTR P 343
5 GT1 30 John Nielsen/Michael Krumm/Franck Lagorce - Nissan R390 GT1 B 342
6 GT1 31 Jan Lammers/Érik Comas/Andrea Montermini - Nissan R390 GT1 B 342
7 GT1 45 David Brabham/Andy Wallace/Jamie Davies - Panoz Esperante GTR-1 M 335
8 LMP1 12 Wayne Taylor/Eric van de Poele/Fermín Velez - Ferrari 333 SP P 332
9 GT1 27 Ukyo Katayama/Toshio Suzuki/Keiichi Tsuchiya - Toyota GT-One M 326
10 GT1 33 Satoshi Motoyama/Takuya Kurosawa/Masami Kageyama - Nissan R390 GT1 B 319
sábado, 12 de maio de 2018
1997 - Le Mans é Demais
24 Horas de Le Mans
A Porsche ganhou outra vez em 1997 com o protótipo WSC95, novamente batendo os favoritos GTs de fábrica, que contavam com os tanques de 120 litros. Com a mesma equipe, o mesmo carro e o mesmo número do ano anterior, mas com novas cores e novos pilotos, o TWR-Porsche da equipa Joest conseguiu vencer depois de fazer a Pole Position com Alboreto e a volta mais rápida em corrida com Kristensen.
A corrida começou movimentada, com o TWR Porsche nº 7 deixando-se ultrapassar pelo Porsche GT1 nº 25, ainda na primeira volta, um Nissan passa para segundo em plena reta Mulsanne, jogando o nº 7 para o terceiro posto. O TWR recupera a segunda posição na segunda volta, na mesma reta Mulsanne, e o GT1 nº 26 passa a atacar os líderes, conseguindo colocar-se em 3º e posteriormente em 2º. Os dois carros de fábrica ditariam o ritmo de corrida, seguidos dos Mclaren e o TWR, após um inicio bom, os Nissan cairiam na classificação.
O Mclaren de Nelson Piquet chegaria a liderar a prova na segunda hora de corrida, mas sofreria uma pane elétrica que atrapalharia irremediavelmente a equipe. O TWR sofreu um toque, o que o obrigou a parar no Box e trocar o capô dianteiro do carro, caiu para a 4ª posição e depois forçou o ritmo para alcançar os primeiros colocados. Os dois GT1-EVO, tripulados por Bob Wollek/Hans Stuck/Thierry Boutsen e Yannick Dalmas/Emmanuel Collard/Ralf Kelleners se firmaram nos dois primeiros lugares, sem sofrerem ameaças. Tudo funcionou perfeitamente para a Porsche até as 7 horas da manhã. Foi quando Wollek teve a suspenção quebrada e teve que parar. Dalmas/Collard/Kelleners assumiram a liderança, mas cinco horas depois uma bomba de óleo rompida provocou um vazamento seguido de incêndio. A liderança então passou para o TWR Porsche WSC95, que usou uma estratégia de ataque para pressionar os ponteiros e forçar o ritmo ocasionando problemas, o que realmente aconteceu.
Estreia do carro americano Panoz. Os 3 carros americanos que iniciaram a prova abandonam. Além disso, houve também a estréia do modelo GT1 da Nissan estes que conseguem o 12º lugar.
A porsche ainda consegue vencer na classe GT2 com os pilotos Michel Neugarten/Jean Claude Lagnieur/Guy Martinolle conduzindo um modelo 911GT2.
O circuito sofre a décima primeira alteração para os 13.605 km.
Classificação geral
1 LMP 7 Michele Alboreto/Stefan Johansson/Tom Kristensen - TWR Porsche WSC-95 G 361voltas
2 GT1 41 Jean-Marc Gounon/Pierre-Henri Raphanel/Anders Olofsson - McLaren F1 GTR M 360 voltas
3 GT1 43 Peter Kox/Roberto Ravaglia/Eric Hélary - McLaren F1 GTR M 358 voltas
4 LMP 13 Didier Cottaz/Jérôme Policand/Marc Goossens - Courage C41 M 336 voltas
5 GT1 33 Pedro Lamy/Armin Hahne/Patrice Goueslard - Porsche 911 GT1 M 331 voltas
6 LMP 3 Gianpiero Moretti/Didier Theys/Max Papis - Ferrari 333 SP Y 321 voltas
7 LMP 8 Henri Pescarolo/Jean-Philippe Belloc/Emmanuel Clerico - Courage C36 M 319 voltas
8 GT1 27 Pierluigi Martini/Christian Pescatori/Antônio Hermann - Porsche 911 GT1 P 317 voltas
9 GT2 78 Michel Neugarten/Guy Martinolle/Jean-Claude Lagniez - Porsche 911 GT2 D 307 voltas
10 GT2 74 André Ahrle/Andy Pilgrim/Bruno Eichmann - Porsche 911 GT2 M 306 voltas
A Porsche ganhou outra vez em 1997 com o protótipo WSC95, novamente batendo os favoritos GTs de fábrica, que contavam com os tanques de 120 litros. Com a mesma equipe, o mesmo carro e o mesmo número do ano anterior, mas com novas cores e novos pilotos, o TWR-Porsche da equipa Joest conseguiu vencer depois de fazer a Pole Position com Alboreto e a volta mais rápida em corrida com Kristensen.
A corrida começou movimentada, com o TWR Porsche nº 7 deixando-se ultrapassar pelo Porsche GT1 nº 25, ainda na primeira volta, um Nissan passa para segundo em plena reta Mulsanne, jogando o nº 7 para o terceiro posto. O TWR recupera a segunda posição na segunda volta, na mesma reta Mulsanne, e o GT1 nº 26 passa a atacar os líderes, conseguindo colocar-se em 3º e posteriormente em 2º. Os dois carros de fábrica ditariam o ritmo de corrida, seguidos dos Mclaren e o TWR, após um inicio bom, os Nissan cairiam na classificação.
O Mclaren de Nelson Piquet chegaria a liderar a prova na segunda hora de corrida, mas sofreria uma pane elétrica que atrapalharia irremediavelmente a equipe. O TWR sofreu um toque, o que o obrigou a parar no Box e trocar o capô dianteiro do carro, caiu para a 4ª posição e depois forçou o ritmo para alcançar os primeiros colocados. Os dois GT1-EVO, tripulados por Bob Wollek/Hans Stuck/Thierry Boutsen e Yannick Dalmas/Emmanuel Collard/Ralf Kelleners se firmaram nos dois primeiros lugares, sem sofrerem ameaças. Tudo funcionou perfeitamente para a Porsche até as 7 horas da manhã. Foi quando Wollek teve a suspenção quebrada e teve que parar. Dalmas/Collard/Kelleners assumiram a liderança, mas cinco horas depois uma bomba de óleo rompida provocou um vazamento seguido de incêndio. A liderança então passou para o TWR Porsche WSC95, que usou uma estratégia de ataque para pressionar os ponteiros e forçar o ritmo ocasionando problemas, o que realmente aconteceu.
Estreia do carro americano Panoz. Os 3 carros americanos que iniciaram a prova abandonam. Além disso, houve também a estréia do modelo GT1 da Nissan estes que conseguem o 12º lugar.
A porsche ainda consegue vencer na classe GT2 com os pilotos Michel Neugarten/Jean Claude Lagnieur/Guy Martinolle conduzindo um modelo 911GT2.
O circuito sofre a décima primeira alteração para os 13.605 km.
Classificação geral
1 LMP 7 Michele Alboreto/Stefan Johansson/Tom Kristensen - TWR Porsche WSC-95 G 361voltas
2 GT1 41 Jean-Marc Gounon/Pierre-Henri Raphanel/Anders Olofsson - McLaren F1 GTR M 360 voltas
3 GT1 43 Peter Kox/Roberto Ravaglia/Eric Hélary - McLaren F1 GTR M 358 voltas
4 LMP 13 Didier Cottaz/Jérôme Policand/Marc Goossens - Courage C41 M 336 voltas
5 GT1 33 Pedro Lamy/Armin Hahne/Patrice Goueslard - Porsche 911 GT1 M 331 voltas
6 LMP 3 Gianpiero Moretti/Didier Theys/Max Papis - Ferrari 333 SP Y 321 voltas
7 LMP 8 Henri Pescarolo/Jean-Philippe Belloc/Emmanuel Clerico - Courage C36 M 319 voltas
8 GT1 27 Pierluigi Martini/Christian Pescatori/Antônio Hermann - Porsche 911 GT1 P 317 voltas
9 GT2 78 Michel Neugarten/Guy Martinolle/Jean-Claude Lagniez - Porsche 911 GT2 D 307 voltas
10 GT2 74 André Ahrle/Andy Pilgrim/Bruno Eichmann - Porsche 911 GT2 M 306 voltas
domingo, 6 de maio de 2018
1996 - Vitória de um Abusado
24 Horas de Le Mans 1996 -
O Mclaren havia dominado completamente o ano anterior, não havia maneira dos concorrentes poderem competir com os Mclaren F1, algo mais era necessário. O GT1 911, era um carro projetado para levar a Porsche de volta ao círculo dos vencedores de Le Mans durante os anos 90. Feito principalmente para combater os Mclaren F1.
Com um cuidadoso estudo do regulamento GT e aprofundada avaliação das características básicas dos 911, a opinião do departamento de competições da Porsche era que o apelidado Super 911 poderia ser páreo para os Mclaren. O projeto foi desenvolvido pelo grupo que tinha projetado o motor Porsche TAG vencedor do Campeonato Mundial para a Mclaren na F1. Era um pouco irônico que a equipe de engenheiros que tinha ajudado a Mclaren ganhar os títulos na F1 agora se dedicasse a batê-los em Le Mans. Após passar 24 horas de testes em Paul Ricard, a equipe volta La Sarthe cheia de confiança para um bom desempenho.
Um Porsche ganhou a Prova, mas não o de fábrica, a honra coube ao TWR Porsche WSC95 pilotado por Davy Jones/Manuel Reuter/Alexander Wurs. Este carro tinha sido originalmente projetado para a categoria IMSA na América do Norte. Indicados para Le Mans na categoria protótipos, pertencia a equipe Joest, que levou o carro à vitória, batendo os GTs. Poucas vezes um modelo hibrido foi tão competitivo em LM, a Reinhold Joest resgatou um antigo chassi TWR, instalou nele um motor do Porsche 962 e cobriu o conjunto com uma carroceria spyder. O carro surpreendeu os favoritos e venceu.
É utilizado pela primeira vez pela equipa Nissan o uso do GPS (Global Positioning System). A partida de Futebol Escócia/Inglaterra pelo Euro 96 obriga a antecipação da largada, do tradicional horário das 16 horas para as 15 horas, sob pena da televisão não poder transmitir a prova.
O austríaco Alexander Wurz, um dos pilotos do TWR-Porsche que venceu a prova é o mais jovem vencedor de Le Mans com 22 anos de idade. Estreia do Porsche 911 GT1, que participa com 2 carros que terminam em 2º e 3º , o segundo colocado no geral é também o primeiro na categoria LM GT1. Hans Stuck/Thierry Boutsen/Bob Wollek venceram na categoria e derrotaram os outros carros da GT1, incluindo a Mclaren.
Uma surpresa agradável veio de Erik van de Poele que ao volante de um Ferrari 333 SP faz a melhor volta da prova, facto que não acontecia com a fábrica de Maranello desde 1963 com John Surtees.
Um Porsche 911GT2 ganhou na sua categoria, o trio de pilotos que se revezaram no volante do bólido alemão foram Guy Martinolle/Ralf Kelleners/Bruno Eichmann.
Classificação geral
1 LMP1 7 Davy Jones/Alexander Wurz/Manuel Reuter - TWR Porsche WSC-95 G 354
2 GT1 25 Hans Joachim Stuck/Thierry Boutsen/Bob Wollek - Porsche 911 GT1 M 353
3 GT1 26 Karl Wendlinger/Yannick Dalmas/Scott Goodyear - Porsche 911 GT1 M 341
4 GT1 30 John Nielsen/Dr. Thomas Bscher/Peter Kox - McLaren F1 GTR G 338
5 GT1 34 Pierre-Henri Raphanel/Lindsay Owen-Jones/David Brabham - McLaren F1 GTR M 335
6 GT1 29 Andy Wallace/Olivier Grouillard/Derek Bell - McLaren F1 GTR G 328
7 LMP1 5 Henri Pescarolo/Franck Lagorce/Emmanuel Collard - Courage C36 M 327
8 GT1 39 Nelson Piquet/Johnny Cecotto/Danny Sullivan - McLaren F1 GTR M 324
9 GT1 33 Ray Bellm/James Weaver/JJ Lehto - McLaren F1 GTR M 323
10 GT1 48 Price Cobb/Shawn Hendricks/Mark Dismore - Chrysler Viper GTS-R M 320
Um Porsche ganhou a Prova, mas não o de fábrica, a honra coube ao TWR Porsche WSC95 pilotado por Davy Jones/Manuel Reuter/Alexander Wurs. Este carro tinha sido originalmente projetado para a categoria IMSA na América do Norte. Indicados para Le Mans na categoria protótipos, pertencia a equipe Joest, que levou o carro à vitória, batendo os GTs. Poucas vezes um modelo hibrido foi tão competitivo em LM, a Reinhold Joest resgatou um antigo chassi TWR, instalou nele um motor do Porsche 962 e cobriu o conjunto com uma carroceria spyder. O carro surpreendeu os favoritos e venceu.
É utilizado pela primeira vez pela equipa Nissan o uso do GPS (Global Positioning System). A partida de Futebol Escócia/Inglaterra pelo Euro 96 obriga a antecipação da largada, do tradicional horário das 16 horas para as 15 horas, sob pena da televisão não poder transmitir a prova.
O austríaco Alexander Wurz, um dos pilotos do TWR-Porsche que venceu a prova é o mais jovem vencedor de Le Mans com 22 anos de idade. Estreia do Porsche 911 GT1, que participa com 2 carros que terminam em 2º e 3º , o segundo colocado no geral é também o primeiro na categoria LM GT1. Hans Stuck/Thierry Boutsen/Bob Wollek venceram na categoria e derrotaram os outros carros da GT1, incluindo a Mclaren.
Uma surpresa agradável veio de Erik van de Poele que ao volante de um Ferrari 333 SP faz a melhor volta da prova, facto que não acontecia com a fábrica de Maranello desde 1963 com John Surtees.
Um Porsche 911GT2 ganhou na sua categoria, o trio de pilotos que se revezaram no volante do bólido alemão foram Guy Martinolle/Ralf Kelleners/Bruno Eichmann.
Classificação geral
1 LMP1 7 Davy Jones/Alexander Wurz/Manuel Reuter - TWR Porsche WSC-95 G 354
2 GT1 25 Hans Joachim Stuck/Thierry Boutsen/Bob Wollek - Porsche 911 GT1 M 353
3 GT1 26 Karl Wendlinger/Yannick Dalmas/Scott Goodyear - Porsche 911 GT1 M 341
4 GT1 30 John Nielsen/Dr. Thomas Bscher/Peter Kox - McLaren F1 GTR G 338
5 GT1 34 Pierre-Henri Raphanel/Lindsay Owen-Jones/David Brabham - McLaren F1 GTR M 335
6 GT1 29 Andy Wallace/Olivier Grouillard/Derek Bell - McLaren F1 GTR G 328
7 LMP1 5 Henri Pescarolo/Franck Lagorce/Emmanuel Collard - Courage C36 M 327
8 GT1 39 Nelson Piquet/Johnny Cecotto/Danny Sullivan - McLaren F1 GTR M 324
9 GT1 33 Ray Bellm/James Weaver/JJ Lehto - McLaren F1 GTR M 323
10 GT1 48 Price Cobb/Shawn Hendricks/Mark Dismore - Chrysler Viper GTS-R M 320
sábado, 5 de maio de 2018
1995 - Mclaren GT vence os protótipos
24 Horas de Le Mans -
A classe do grupo C, que era muito cara, da competição de carros esportivos, tinha acabado no início dos anos 90, quando a recessão mundial deixou os orçamentos das fábricas no vermelho. Carros de produção para a estrada parecia ser o caminho dos construtores que inicialmente sustentaram a categoria. A Porsche com o Carrera Turbo e a Ferrari com seu F40. Então Gordon Murray, da Mclaren, subiu um degrau e criou o fantástico Mclaren F1. Um veículo GT que, mesmo absurdamente caro, preenchia claramente o espírito e as normas de regulamentação da categoria.
A preparação para a corrida começa e algumas equipes mostraram interesse em participar. No total, sete carros Mclaren foram inscritos na 24 Horas de Le Mans de 1995, sendo seis deles já participantes regulares da BPR e um sétimo carro preparado de última hora.
A principais equipes tinham pilotos de alto escalão, como a David Price Racing cuidando de dois carros, um patrocinado pela grande loja Harrods, com Andy Wallace, Derek Bell e Justin Bell de pilotos, e o carro patrocinado pela West que tinha John Nielsen, Jochen Mass e Thomas Bscher. A equipe patrocinada pela Gulf também tinha dois carros, um deles com Mark Blundell, Ray Bellm e o brasileiro Maurizio Sala. Todos experientes e alguns já vencedores veteranos de Le Mans.A equipe japonesa da Kokusai Kaihatsu Racing tinha como pilotos Yannick Dalmas, Masanori Sekiya e JJ Lehto. O responsável pelo programa dos F1 GTR de endurance era Geoff Hazell, então membro da Lanzante Motorsport. Paul Lanzante, o chefe da equipe, faria sua estreia na 24 Horas de Le Mans naquele ano. Eles tiveram apenas seis semanas para preparar o carro para a corrida. Foi tudo tão rápido que parte dos sistemas backup do carro nem foram feitos, como as bombas-reserva de combustível. Diz a história que dentro do carro havia um pequeno kit de ferramentas para o piloto fazer pequenos reparos nos itens que ficavam ao seu alcance.
Os rivais dos McLarens na categoria GT1 basicamente eram os mesmos competidores da BPR. Porsche 911 turbo, Ferrari F40, Corvette Calaway, Venturis e alguns carros japoneses, como Honda NSX e Nissan Skyline. O desafio mesmo eram os protótipos, como o Ferrari 333 SP, Porsche Kremer, Courage-Porsche e os Peugeots LMP2. Depois de 21 anos reaparece um protótipo Ferrari, o 333 SP que não consegue terminar a prova. Surgido em 1994, o Ferrari 333SP foi o último carro esporte projetado e construído pela escuderia de Maranello, especialmente para correr nos Estados Unidos. Para a Ferrari, o surgimento deste carro marcou uma ausência de 20 aos no cenário das corridas de protótipos e teve êxito imediato no campeonato da IMSA para carros da categoria WSC.
O treino de classificação já mostrou um fato esperado: os McLarens eram rápidos, muito rápidos. Mas, não tanto quanto os protótipos em uma volta completa. Na reta de Mulsanne, o F1 GTR era mais veloz, mas a velocidade de curva dos protótipos era superior. Os McLarens largaram a partir da nona posição, atrás dos protótipos que não tiveram problemas no treino, e dos Ferrari F40.
O carro 59 foi o mais rápido, graças ao ímpeto de piloto agressivo de JJ Lehto. A agressividade na pilotagem de Lehto mostrou uma falha no F1: os braços de suspensão entortavam com as repetidas pancadas nas zebras, inevitáveis quando se busca o melhor tempo. Literalmente do dia para a noite, a McLaren criou novos braços reforçados e enviou para que todos os carros fosses atualizados. Um problema a menos para se descobrir durante a corrida.
Lehto havia forçado demais o motor, que teve que ser trocado de madrugada, com o carro ficando pronto quase que para a largada da corrida. Não bastasse, o garfo de engate da terceira marcha também estava torto, provavelmente por excesso de vontade em trocar de marcha. Mais um ponto frágil identificado, mas este não tinha muito o que se fazer, exceto ter cuidado ao longo da corrida.
No começo da corrida, os protótipos dispararam na frente e os F1 GTR brigavam com os Ferrari F40 no segundo grupo. Sem muita preocupação em poupar o equipamento, o McLaren da West foi para cima dos protótipos, conseguindo superar alguns deles.
A chuva veio e mudou completamente o cenário da corrida. Os protótipos, todos de carroceria aberta, tinham um pouco de desvantagem em termos de visibilidade na chuva, e eram mais dependentes da velocidade para que a aerodinâmica ajudasse a contornar as curvas de Le Mans rapidamente. Os GTs eram menos dependentes da velocidade, e conseguiam recuperar um pouco da desvantagem em relação aos protótipos. Estes tinham mais dificuldade em tracionar na pista molhada, justamente por conta da velocidade reduzida prejudicar a força aerodinâmica vertical.
Durante a noite, o carro 59 era disparado o mais rápido. JJ Lehto conseguia tirar a diferença para os protótipos volta a volta, passando diversos rivais, com uma pilotagem limpa e arrojada. Um par de faróis adicionais montados sobre o capô ajudou muito na visibilidade durante a noite, pois os faróis convencionais do F1 não iluminavam bem as curvas. A chuva com certeza ajudou a preservar o carro, uma vez que o ritmo, mesmo sendo forte, não era tão puxado como numa corrida com pista seca. Os protótipos estavam ficando para trás.
Os outros F1 estavam tendo problemas na transmissão. Os pilotos tinham dificuldade de engatar as marchas e já estavam perdendo tempo de volta com essa falha. Detalhe, na época ainda se usava câmbio manual de 6 marchas com pedal de embreagem. Nada de sequencial ou semiautomática. A estratégia do carro 59 desde o início era de poupar o carro na primeira metade da corrida e partir para cima na segunda metade. O difícil era conter o ânimo do JJ Lehto.
O carro 59 também apresentou a falha. Em uma das paradas de box na noite, Paul Lanzante, inconformado com a falha comum aos GTR, não ia deixar seu carro perder a chance de vencer, pediu para a equipe desmontar a traseira do carro e acessar o câmbio. A compacta caixa Weismann transversal tinha na lateral os links de comando dos seletores de marcha, e com a chuva e sujeira da pista, uma grossa camada formou-se sobre os comandos, dificultando sua movimentação. Ali estava o problema.
A solução para o que viria a ser o pior problema daquele momento do F1 GTR foi simplesmente engenhosa. A cada parada de box, um mecânico iria jogar a maior quantidade possível do famoso desengripante-lubrificante WD-40 sobre o conjunto onde se acumulava a sujeira. Desta forma, a lubrificação seria melhorada e o acúmulo de detritos seria drasticamente minimizado. Eureca! Depois deste procedimento, o problema não apenas sumiu, como os pilotos diziam que os engates ficaram melhores do que no começo da corrida!
Com a determinação e velocidade de Lehto (chegou a ser 30 segundos mais rápido por volta que qualquer outro carro durante a noite), a habilidade de Dalmas e a tranquilidade do japonês Sekiya, o carro número 59 cruzou a linha de chegada em primeiro, com uma volta de vantagem sobre o segundo colocado, o protótipo Courage-Porsche com motor do 935 turbo 3-L pilotado por ninguém menos que o americano Mario Andretti e os franceses Bob Wollek e Éric Hélary. Foi uma longa e dura briga com o Courage, mas também com o GTR amarelo e verde da Harrods que terminou em terceiro, a duas voltas.
Para comprovar que o McLaren F1 não foi um azarão, a terceira, quarta e quinta posição da classificação geral foram ocupadas por outros F1, à frente de protótipos e de outros potenciais GT rivais.
Na história de Le Mans, depois que os protótipos de corrida apareceram, estes sendo máquinas criadas unicamente para este propósito, só o F1 GTR conseguiu superá-los. A vitória do Porsche GT1 em 1998 não entra nessa conta, pois mesmo tendo a versão de rua, era de fato um carro de corrida que deram um jeitinho para homologar e chamar de carro de passeio.
O F1, um carro de rua com poucas adaptações que nasceu para ser o melhor carro esporte do mundo e nem deveria ter sido convertido para corrida. A prova definitiva de como um carro esporte deveria ser. A chuva foi um fator decisivo? Sim, mas a água caiu sobre todos. Se os F1 eram estáveis e os pilotos conseguiam bom desempenho, não era sorte, era qualidade do carro.
O McLaren F1 foi mesmo o mais importante carro esporte das últimas décadas. E não devemos ver um feito como este se repetir novamente, pelo menos não enquanto as regras não forem mudadas.
Classificação geral
1 GT1 59 Yannick Dalmas/Masanori Sekiya/JJ Lehto - McLaren F1 GTR M 298 voltas
2 WSC 13 Bob Wollek/Eric Hélary/Mario Andretti - Courage C34 M 297 voltas
3 GT1 51 Andy Wallace/Derek Bell/Justin Bell - McLaren F1 GTR G 296 voltas
4 GT1 24 Mark Blundell/Ray Bellm/Maurizio Sandro Sala - McLaren F1 GTR M 291 voltas
5 GT1 50 Fabien Giroix/Jean-Denis Délétraz/Olivier Grouillard - McLaren F1 GTR M 290 voltas
6 WSC 4 Thierry Boutsen/Hans Joachim Stuck/Christophe Bouchut - Kremer K8 Spyder G 289 voltas
7 WSC 5 Yojiro Terada/Jim Downing/Franck Freon - Kudzu DG-3 G 282 voltas
8 GT2 84 Keiichi Tsuchiya/Akira Iida/Kunimitsu Takahashi - Honda NSX Y 275 voltas
9 GT2 73 Enrico Bertaggia/Johnny Unser/Frank Jelinski - Callaway Corvette BF 273 voltas
10 GT1 22 Hideo Fukuyama/Masahiko Kondo/Shunji Kasuya - Nissan Skyline GT-R LM B 271 voltas
A preparação para a corrida começa e algumas equipes mostraram interesse em participar. No total, sete carros Mclaren foram inscritos na 24 Horas de Le Mans de 1995, sendo seis deles já participantes regulares da BPR e um sétimo carro preparado de última hora.
A principais equipes tinham pilotos de alto escalão, como a David Price Racing cuidando de dois carros, um patrocinado pela grande loja Harrods, com Andy Wallace, Derek Bell e Justin Bell de pilotos, e o carro patrocinado pela West que tinha John Nielsen, Jochen Mass e Thomas Bscher. A equipe patrocinada pela Gulf também tinha dois carros, um deles com Mark Blundell, Ray Bellm e o brasileiro Maurizio Sala. Todos experientes e alguns já vencedores veteranos de Le Mans.A equipe japonesa da Kokusai Kaihatsu Racing tinha como pilotos Yannick Dalmas, Masanori Sekiya e JJ Lehto. O responsável pelo programa dos F1 GTR de endurance era Geoff Hazell, então membro da Lanzante Motorsport. Paul Lanzante, o chefe da equipe, faria sua estreia na 24 Horas de Le Mans naquele ano. Eles tiveram apenas seis semanas para preparar o carro para a corrida. Foi tudo tão rápido que parte dos sistemas backup do carro nem foram feitos, como as bombas-reserva de combustível. Diz a história que dentro do carro havia um pequeno kit de ferramentas para o piloto fazer pequenos reparos nos itens que ficavam ao seu alcance.
Os rivais dos McLarens na categoria GT1 basicamente eram os mesmos competidores da BPR. Porsche 911 turbo, Ferrari F40, Corvette Calaway, Venturis e alguns carros japoneses, como Honda NSX e Nissan Skyline. O desafio mesmo eram os protótipos, como o Ferrari 333 SP, Porsche Kremer, Courage-Porsche e os Peugeots LMP2. Depois de 21 anos reaparece um protótipo Ferrari, o 333 SP que não consegue terminar a prova. Surgido em 1994, o Ferrari 333SP foi o último carro esporte projetado e construído pela escuderia de Maranello, especialmente para correr nos Estados Unidos. Para a Ferrari, o surgimento deste carro marcou uma ausência de 20 aos no cenário das corridas de protótipos e teve êxito imediato no campeonato da IMSA para carros da categoria WSC.
O treino de classificação já mostrou um fato esperado: os McLarens eram rápidos, muito rápidos. Mas, não tanto quanto os protótipos em uma volta completa. Na reta de Mulsanne, o F1 GTR era mais veloz, mas a velocidade de curva dos protótipos era superior. Os McLarens largaram a partir da nona posição, atrás dos protótipos que não tiveram problemas no treino, e dos Ferrari F40.
O carro 59 foi o mais rápido, graças ao ímpeto de piloto agressivo de JJ Lehto. A agressividade na pilotagem de Lehto mostrou uma falha no F1: os braços de suspensão entortavam com as repetidas pancadas nas zebras, inevitáveis quando se busca o melhor tempo. Literalmente do dia para a noite, a McLaren criou novos braços reforçados e enviou para que todos os carros fosses atualizados. Um problema a menos para se descobrir durante a corrida.
Lehto havia forçado demais o motor, que teve que ser trocado de madrugada, com o carro ficando pronto quase que para a largada da corrida. Não bastasse, o garfo de engate da terceira marcha também estava torto, provavelmente por excesso de vontade em trocar de marcha. Mais um ponto frágil identificado, mas este não tinha muito o que se fazer, exceto ter cuidado ao longo da corrida.
No começo da corrida, os protótipos dispararam na frente e os F1 GTR brigavam com os Ferrari F40 no segundo grupo. Sem muita preocupação em poupar o equipamento, o McLaren da West foi para cima dos protótipos, conseguindo superar alguns deles.
A chuva veio e mudou completamente o cenário da corrida. Os protótipos, todos de carroceria aberta, tinham um pouco de desvantagem em termos de visibilidade na chuva, e eram mais dependentes da velocidade para que a aerodinâmica ajudasse a contornar as curvas de Le Mans rapidamente. Os GTs eram menos dependentes da velocidade, e conseguiam recuperar um pouco da desvantagem em relação aos protótipos. Estes tinham mais dificuldade em tracionar na pista molhada, justamente por conta da velocidade reduzida prejudicar a força aerodinâmica vertical.
Durante a noite, o carro 59 era disparado o mais rápido. JJ Lehto conseguia tirar a diferença para os protótipos volta a volta, passando diversos rivais, com uma pilotagem limpa e arrojada. Um par de faróis adicionais montados sobre o capô ajudou muito na visibilidade durante a noite, pois os faróis convencionais do F1 não iluminavam bem as curvas. A chuva com certeza ajudou a preservar o carro, uma vez que o ritmo, mesmo sendo forte, não era tão puxado como numa corrida com pista seca. Os protótipos estavam ficando para trás.
Os outros F1 estavam tendo problemas na transmissão. Os pilotos tinham dificuldade de engatar as marchas e já estavam perdendo tempo de volta com essa falha. Detalhe, na época ainda se usava câmbio manual de 6 marchas com pedal de embreagem. Nada de sequencial ou semiautomática. A estratégia do carro 59 desde o início era de poupar o carro na primeira metade da corrida e partir para cima na segunda metade. O difícil era conter o ânimo do JJ Lehto.
O carro 59 também apresentou a falha. Em uma das paradas de box na noite, Paul Lanzante, inconformado com a falha comum aos GTR, não ia deixar seu carro perder a chance de vencer, pediu para a equipe desmontar a traseira do carro e acessar o câmbio. A compacta caixa Weismann transversal tinha na lateral os links de comando dos seletores de marcha, e com a chuva e sujeira da pista, uma grossa camada formou-se sobre os comandos, dificultando sua movimentação. Ali estava o problema.
A solução para o que viria a ser o pior problema daquele momento do F1 GTR foi simplesmente engenhosa. A cada parada de box, um mecânico iria jogar a maior quantidade possível do famoso desengripante-lubrificante WD-40 sobre o conjunto onde se acumulava a sujeira. Desta forma, a lubrificação seria melhorada e o acúmulo de detritos seria drasticamente minimizado. Eureca! Depois deste procedimento, o problema não apenas sumiu, como os pilotos diziam que os engates ficaram melhores do que no começo da corrida!
Com a determinação e velocidade de Lehto (chegou a ser 30 segundos mais rápido por volta que qualquer outro carro durante a noite), a habilidade de Dalmas e a tranquilidade do japonês Sekiya, o carro número 59 cruzou a linha de chegada em primeiro, com uma volta de vantagem sobre o segundo colocado, o protótipo Courage-Porsche com motor do 935 turbo 3-L pilotado por ninguém menos que o americano Mario Andretti e os franceses Bob Wollek e Éric Hélary. Foi uma longa e dura briga com o Courage, mas também com o GTR amarelo e verde da Harrods que terminou em terceiro, a duas voltas.
Para comprovar que o McLaren F1 não foi um azarão, a terceira, quarta e quinta posição da classificação geral foram ocupadas por outros F1, à frente de protótipos e de outros potenciais GT rivais.
Na história de Le Mans, depois que os protótipos de corrida apareceram, estes sendo máquinas criadas unicamente para este propósito, só o F1 GTR conseguiu superá-los. A vitória do Porsche GT1 em 1998 não entra nessa conta, pois mesmo tendo a versão de rua, era de fato um carro de corrida que deram um jeitinho para homologar e chamar de carro de passeio.
O F1, um carro de rua com poucas adaptações que nasceu para ser o melhor carro esporte do mundo e nem deveria ter sido convertido para corrida. A prova definitiva de como um carro esporte deveria ser. A chuva foi um fator decisivo? Sim, mas a água caiu sobre todos. Se os F1 eram estáveis e os pilotos conseguiam bom desempenho, não era sorte, era qualidade do carro.
O McLaren F1 foi mesmo o mais importante carro esporte das últimas décadas. E não devemos ver um feito como este se repetir novamente, pelo menos não enquanto as regras não forem mudadas.
Classificação geral
1 GT1 59 Yannick Dalmas/Masanori Sekiya/JJ Lehto - McLaren F1 GTR M 298 voltas
2 WSC 13 Bob Wollek/Eric Hélary/Mario Andretti - Courage C34 M 297 voltas
3 GT1 51 Andy Wallace/Derek Bell/Justin Bell - McLaren F1 GTR G 296 voltas
4 GT1 24 Mark Blundell/Ray Bellm/Maurizio Sandro Sala - McLaren F1 GTR M 291 voltas
5 GT1 50 Fabien Giroix/Jean-Denis Délétraz/Olivier Grouillard - McLaren F1 GTR M 290 voltas
6 WSC 4 Thierry Boutsen/Hans Joachim Stuck/Christophe Bouchut - Kremer K8 Spyder G 289 voltas
7 WSC 5 Yojiro Terada/Jim Downing/Franck Freon - Kudzu DG-3 G 282 voltas
8 GT2 84 Keiichi Tsuchiya/Akira Iida/Kunimitsu Takahashi - Honda NSX Y 275 voltas
9 GT2 73 Enrico Bertaggia/Johnny Unser/Frank Jelinski - Callaway Corvette BF 273 voltas
10 GT1 22 Hideo Fukuyama/Masahiko Kondo/Shunji Kasuya - Nissan Skyline GT-R LM B 271 voltas
Assinar:
Postagens (Atom)